Dia 18 de maio é o Dia da Luta Antimanicomial. Nesta quarta-feira, dia 15, em programação dedicada à reflexão em torno do tema, os integrantes do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS 1 – Harmonia, de nossa cidade, fizeram um encontro na sede do Clube Alvorada com música, Oficina de Fotografia, exposição de trabalhos realizados na oficinas e confraternização. A abertura, feita pela Coordenadora da Saúde Mental no Munícpio, Meg Cestari Kulczynski, acompanhada pela Coordenadora do CAPS, Liane Borba, contou com a presença do Vice-Prefeito Paulo Mecca, do Professor Gilberto Bueno, do Núcleo de Pesquisas Históricas (NPHC), bem como da equipe técnica, cuidadores e teve grande participação dos usuários e seus familiares. A Oficina de Fotografia, com o tema Imagens da Cidade, Imagens da Pessoa, foi ministrada pelas integrantes do Projeto Construindo a Cidade, a Professora e Arte-Educadora Arita Benelli e a Coordenadora do Memorial da Câmara, Andréia Becker. A Oficina propôs uma reflexão sobre memória, cidadania e identidade, a partir de percursos e vivências diárias. Na parte prática, conduzida pela Arte-Educadora Arita, trabalhou-se de forma lúdica as conexões entre as imagens das pessoas, seus valores e seus percursos cotidianos. Também se fez um paralelo com as diferentes formas de capturar a imagem: câmeras fotográficas convencionais, câmeras digitais e dispositivos móveis, entre outros, onde esteve em exposição uma câmera antiga do Museu Divino Alziro Beckel, uma Brownie. A Oficina finalizou com a construção coletiva pelos participantes de um grande mapa contando seus percursos e representando as coisas que gosta na cidade. Foi uma atividade que permitiu pensar sobre cidadania de forma divertida, envolvente. Os integrantes do Projeto Construindo a Cidade agradecem ao CAPS 1- Harmonia, pelo crédito; ao Museu Divino Alziro Beckel e ao Núcleo de Pesquisas Históricas pelo auxílio na organização da Oficina bem como a todos os participantes pela oportunidade.
Sobre o Movimento da Luta Antimanicomial busca substituir progressivamente as internações em hospitais psiquiátricos tradicionais (leito fechado), por um tratamento integral e humanizado aos usuários, através de formas dignas de cuidado em serviços “abertos” nos CAPS – Centros de Atenção Psicossocial. Esta data foi proposta por profissionais de saúde mental do Estado de São Paulo para comemorar, junto às pessoas portadoras de sofrimento psíquico, o direito à liberdade, a viver em sociedade, além do direito de receber cuidado e tratamento, sem que para isto tenham que estar institucionalizados (em Hospitais Psiquiátricos).
Estes Centros tem como proposta realizar atividades de cuidado intensivo, substituindo assim, na maioria dos casos, as internações psiquiátricas. Este modelo de atendimento conta também com o apoio dos Centros de Convivência, Projetos de Geração de Renda, Oficina no Telecentro junto ao Memorial da Câmara, dentre outros, como prevê a legislação pertinente. Hoje, é possível desenvolver modelos de cuidados onde a pessoa em sofrimento psíquico fica mais próximo de sua família e comunidade, podendo usufruir de serviços especializados, que prioriza o resgate da cidadania e a inclusão social.
O Movimento da Luta Antimanicomial conta com a participação ativa e efetiva dos usuários de serviços de saúde mental, seus familiares, profissionais, estudantes e quaisquer interessados em defender uma postura de respeito aos diferentes modos de ser e a transformação da relação cultural da sociedade com as pessoas em sofrimento psíquico.
Sobre o CAPS 1 Harmonia está localizado na Av. Ernani Silveira, 275 – Bairro Olaria – fone: 3692 2009 e atende de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h e 30min. (FONTE CAPS 1 - HARMONIA)
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